MESTRE, ONDE MORAS?
«Mestre, onde moras?» foi o tema do décimo segundo Acaférias, que decorreu entre os dias 27 de julho e 6 de agosto, no Poço da Cruz.
Durante estes onze dias de reencontro connosco mesmos, de contacto com a natureza, de convívio em grupo, e de tempo para Deus, percebemos, com os primeiros discípulos, como seguir Jesus implica conhecer onde Ele mora. Com efeito, conhecer a casa de alguém é sinal de proximidade. Entrar nela, sinal de amizade.
Perguntámo-nos se seria a simples Natureza à maneira dos aborígenes, um alegre templo hindu, uma repartição do Estado chinês, o Templo judaico de Jerusalém, uma mesquita muçulmana, um pagode budista, ou uma Casa de Adoração bahá’í capaz de albergar tudo e todos indistintamente. Concluímos que talvez a morada de Jesus até tivesse alguns pontos em comum com esses tipos de casas, mas a grande diferença e aquilo que a caracterizava como tal, era o facto de ser a casa d’Ele.
Na verdade, ser cristão é mais do que um "acreditar" e mais do que um "pertencer". Traduz-se antes numa forma de "habitar" essa casa que sabemos ser morada de Jesus e sentir-se membro da Sua família. É escutar a Sua Palavra, sentar-se com Ele à mesa da Eucaristia, aprender a imitar os Seus gestos e atitudes.
Se as pessoas moram nas casas, podemos também dizer com verdade o contrário: as casas moram nas pessoas. Assim, no final de um Acaférias não conseguimos esconder: o que vivemos mora para sempre no nosso coração!