ESTABILIDADE, A QUANTO OBRIGAS!
A água estável é mais do que um pântano estagnado; um casamento estável é mais do que um compromisso assumido num determinado dia (mesmo que tenha validade para toda a vida); uma vida estável é mais do que uma conta no banco, um carro, e uma casa. Também a vida cristã, dita estável, é mais do que algo acomodado, apenas iniciado, e aparentemente garantido.
Porque se dizendo cristã, a vida há-de estar sujeita a altos e baixos, há-de ser marcada por vazios e momentos plenos, há-de ser gravada por feridas mas também por vitórias; enfim, há-de ser estável como o mar sujeito a marés, como um bando de aves migratórias, ou como um rebanho de ovelhas que, entre o curral e o pasto, encontra a sua estabilidade apenas no pastor. A estabilidade não é um conto de fadas!
Em todo o caso, a estabilidade é possível. Ela prende-se com a forma de olhar o passado, de assumir o presente, e de preparar o futuro. Não como a avestruz, que enfia a cabeça na areia e finge estar no paraíso. Antes, como quem se sabe guiado pelo Espírito, o único capaz de suprir incapacidades e de exponenciar qualidades. O ser humano, como a natureza, tem sempre algo de instável. Seremos (uma forma de habitar o «estar») estáveis quando nos obrigarmos a fazer de Deus a nossa estabilidade, como quem sabe onde encontrar o seu ponto de equilíbrio.