Muitas pessoas podem perguntar: “Qual a importância de ir à catequese? É sempre a mesma coisa! O importante é a escola…”
Encontramos muita gente que já nem faz a pergunta, nem espera a resposta. Toma logo a decisão de se afastar da catequese, ou de não levar os filhos. Há também quem se demita de educar: “Ele só vai se quiser, eu não o obrigo….” A preocupação é puramente social: primeira comunhão, crisma para ser padrinho… Há quem diga que essa preocupação é “sacramental”; parece ser apenas social, porque se fosse sacramental exigia uma fé comprometida.
Então para que serve afinal a catequese? Para aprender a doutrina. E o que é isso? Leis? A cumprir um regulamento, que muitos, sem conhecer e entender a fundo, consideram desactualizado?
Mais do que ensinar leis, a Catequese ensina a viver: mais do que aprender coisas que se sabem, é fazer uma experiência de encontro: Catequese é fazer experiência de encontro com Jesus Ressuscitado; é perceber que Ele está vivo e experimentar viver a Vida dEle. Quem ensina as crianças a interiorizar? Quem as prepara para usar as dores para crescer em sabedoria, a trabalhar as perdas e frustrações com dignidade? Quem as ensina a pensar com liberdade e consciência crítica, a romper as ditaduras intelectuais, a gerir com maturidade os pensamentos e emoções? Quem as ajuda a colocarem-se no lugar do outro e a considerar as suas dores e necessidades?
Na catequese, pretendemos revelar a pessoa que nos ensinou isso de uma maneira extraordinária e inovadora: JESUS. E isso faz-se em diversos anos, para acompanhar a evolução intelectual e afectiva das crianças.
Quando se descobre este Jesus, ficamos apaixonados e libertos. Crescemos interiormente. Encontramos força, energia, para vencer, aprender, crescer. Que nós, catequistas, nunca nos esqueçamos de mostrar a beleza de Deus. A doutrina será melhor aceite e interiorizada depois de nos termos apaixonado por este AMIGO. E então, a doutrina não será uma prisão, mas apenas orientações para crescermos de forma equilibrada e feliz.